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Adriano Pedro Bom
Adriano Pedro Bom
Sócio-diretor da Propter Desenvolvimento Gerencial

Quer conquistar uma nova colocação? Saiba como...

Seus diferenciais profissionais vão bastante além do que está no currículo

Em 2012 escrevi um artigo sobre o que se deve fazer para se conquistar maiores salários (Quer aumentar o seu salário? Saiba como...). Agora, entretanto, gostaria de comentar o que se pode fazer para se RECOLOCAR no mercado de trabalho. Quer seja para um aumento de salário, quer seja para a conquista de uma nova vaga de emprego, o princípio que indico é o mesmo. 

Podemos aplicar uma teoria bastante simples (e de alto impacto) do campo da Estratégia Empresarial para o caso da RECOLOCAÇÃO. Jay Barney, professor na universidade estadual de Ohio, Estados Unidos, desenvolveu a teoria da Visão Baseada em Recursos (Resource Based View – RBV), segundo a qual uma empresa pode elevar sua competitividade de forma sustentável. A teoria indica que, para isso, a empresa deve ter recursos tais que obedeçam às seguintes condições:

1)Sejam valiosos para o cliente

2)Sejam raros.

3)Sejam difíceis de imitar.

4)Sejam operacionalizáveis, isto é, que seja possível coloca-los em prática.

Como aplicar a RBV de forma a conquistar uma nova colocação?

Observe atentamente o seu currículo. Quais são os recursos profissionais nele apresentados? O domínio de um idioma estrangeiro? Formação em determinada especialidade? Experiência em uma atividade específica? Cargos de destaque em empresas de grande prestígio? Quaisquer que sejam os destaques do seu perfil, exercerão tanto maior impacto na recolocação quanto puderem atender às quatro condições da teoria RBV. 

Por exemplo:

Imagine que você domine plenamente o idioma inglês. Aplicando a teoria RBV teríamos o seguinte resultado:

1) O idioma inglês é valioso para o empregador? Será, certamente, para organizações que exigem fluência no idioma;

2) É raro? Nem sempre. Muitos profissionais estão se preparando e conquistando o domínio do idioma;

3) É difícil de imitar? Certamente o domínio desse idioma exige dedicação, mas há muitos meios de se aprender inglês atualmente.

4) É operacionalizável? Aqui vem uma ressalva. Pode ser que o emprego exija deslocamentos para o exterior, e você não possa atender a essa exigência. Se isso acontecer, passa a não ser operacionalizável.

Essa simples análise já demonstra que o domínio do idioma inglês não é exatamente um recurso profissional que irá alavancar sua recolocação, no contexto apresentado. Na verdade, a MAIORIA dos recursos profissionais que constam no currículo não são alavancadores, mas PRÉ-REQUISITOS para a conquista de uma nova vaga. Muitos profissionais também têm ótima formação, boa experiência, ocuparam ótimas posições, etc. 

QUAL A ESTRATÉGIA PARA UMA NOVA COLOCAÇÃO?

Se você não observou em seu currículo nenhum recurso profissional que atenda às quatro condições da RBV, não desanime. Isso é natural, e acontece na maior parte das vezes que apresento estes critérios a profissionais das mais diversas áreas.  O que ocorre é que SEUS VERDADEIROS DESTAQUES PROFISSIONAIS RARAMENTE SÃO DEMONSTRADOS NO CURRÍCULO: resiliência, capacidade empreendedora, criatividade, responsabilidade, senso de urgência, ótimo relacionamento interpessoal, rede de contatos ativa, etc. E mesmo que um profissional descreva tais qualidades no currículo, o que o faz pensar que o recrutador vai considerá-las verdadeiras?

Navegando pelo site http://theundercoverrecruiter.com deparei-me com uma estatística muito interessante de uma pesquisa realizada pela Jobvite, apontando porque as referências dos colaboradores são a melhor fonte de contratação. Ainda que apenas 7% dos perfis que chegam aos recrutadores sejam oriundos de referências, esse pequeno percentual responde por aproximadamente 40% das CONTRATAÇÕES. 

Isso acontece porque as referências chegam carregadas de CREDIBILIDADE. Assim, quando alguém referenciar o seu perfil, poderá indicar também seus destaques profissionais não declarados no currículo. O referenciador poderá falar a respeito de sua persistência, sua capacidade de liderar equipes, sua habilidade no gerenciamento de crises, e outras qualidade mais que somente quem o conhece poderia apresentar. 

Assim, a minha sugestão é que você converse com profissionais (colegas, clientes, parceiros, fornecedores, colaboradores) que conhecem bem o seu trabalho, e lhes pergunte quais as qualidades pessoais e comportamentais que você tem e que o destacam. São seus diferenciais exclusivos. Essa conversa trará dois benefícios: 

1) Seu contato profissional terá claro em sua memória seus diferenciais exclusivos no momento de referenciá-lo;

2) Você terá ciência da imagem que tem propagado entre seus contatos. Poderá assim reforçar o que é favorável, e procurar reverter o que for necessário. 

E se precisar de algumas dicas a respeito de como ampliar suas referências, sugiro que leia: Uma matéria que não se aprende na escola.

Abraço, e sucesso!

Adriano Pedro Bom

Propter Desenvolvimento Gerencial – Educação Corporativa

www.propterdg.com.br 


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