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Victor Faidiga
Victor Faidiga
Economista do departamento de Economia da ACIC.

O que esperar da BLACK FRIDAY 2016

A Black Friday é mais um dia especial de vendas usado pelos lojistas para alavancar os negócios, queimar estoques e se preparar para o ano seguinte. A Black Friday brasileira começou online e depois se espalhou para as lojas físicas. A internet é o ambiente nativo do evento, cada vez mais impulsionado pelo crescimento do e-commerce no país.

A Black Friday tem uma particularidade mais agressiva e o esforço coletivo do varejo em gerar um senso de urgência na compra, com descontos que variam, em geral, de 30,0% a 80,0%. O consumidor já sabe que liquidações são constantes e, quase sempre, nem tão vantajosas. Essas características não definem uma Black Friday, por isso, ela é tão aguardada pelo público, que está cada vez mais atento aos preços.

Cada vez mais o consumidor estará à procura de descontos e não de preços cheios ou novidades. Ele também é um consumidor mais antenado, atento aos preços, portanto “promoções falsas”, que usam preços maiores para fingir um desconto, são uma péssima estratégia. Embora a Black Friday tenha surgido com foco no varejo, a campanha também arrebatou o setor de serviços, e ganha cada vez mais atenção por parte das empresas que querem alavancar suas vendas.

De acordo com o Google, em 2015, 38% dos consumidores compraram exclusivamente ou prioritariamente nas lojas online; 29% dos consumidores compraram em lojas físicas e online; 32% dos consumidores compraram exclusivamente ou prioritariamente nas lojas físicas. Nesse cenário, onde mais de 50% das pessoas fazem compras online, o mobile se torna um elemento estratégico cada vez mais importante para os negócios e deve ser considerado pelos lojistas.

Em 2015, esse dia de vendas movimentou cerca de R$ 1,6 bilhões, cerca de 20,0% acima do ano anterior, em todo o país.  A expectativa para este ano é de R$ 2,1 bilhões, cerca de 31,2% acima de 2015. Em 2015, o ticket médio de compra ficou em R$ 430,00, prevendo-se para este ano uma alta de 16%, com um ticket médio de R$ 500,00. Em Campinas e região, o número chegou próximo dos R$ 150 milhões em 2015. Este ano deverá movimentar cerca de R$ 195 milhões, tendo uma alta de 30%.

Muito consumidores também aproveitam esse momento para antecipar compras de Natal ou mesmo saber em qual estabelecimento voltar para as mesmas. As compras mais efetuadas foram no ano passado foram em itens como celulares, roupas e calçados, notebooks, tablets, eletroeletrônicos e TV’s, produtos de higiene e beleza, livros, jogos e passagens aéreas.

É possível para as empresas do segmento de serviços pegar carona no movimento e lançar promoções. O consumidor deve atentar para isso. Hoje em dia, muitas pessoas estão optando por presentear com serviços ao invés de produtos. Viagens, jantares, procedimentos estéticos e até um período de academia têm feito parte do leque de opções de presentes.

Apesar do cenário da conjuntura econômica brasileira, com sinais positivos de recuperação (ainda que lenta), tudo indica que teremos um melhor desempenho para o varejo e uma melhor satisfação por parte do consumidor nessa Black Friday de 2016.


Victor Faidiga| Black-Friday, Campinas, ACIC, blog, Vitor-Faidiga, ACICcampinas, 2016

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