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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Liderança estruturada e presente - mesmo à distância

Como estar presente [com os colaboradores] mesmo quando você [de fato] não está.

Nestes anos pós-pandemia muitas empresas têm se destacado ao redor do mundo. Inclusive nos Estados Unidos criaram uma legenda chamada “Magnificent 7”, ou “Mag7”, que sugere “As 7 Magníficas”, ou algo assim.

 

E quem são e o que representam essas empresas? São elas: Alphabet [Google], Amazon, Apple, Meta [Facebook], Microsoft, Nvidia, Tesla.

 

E com indicadores tão gigantescos, nem sempre nos atentamos sobre como tais empresas são geridas, lideradas, inclusive presencialmente - mesmo quando os líderes e gestores não estão de fato presentes em toda parte e com todos os colaboradores. Essa questão de se liderar a distância tem sido estudada há anos e o que vemos é que algumas empresas, tais como essas 7 citadas acima, se sobressaem de forma realmente magnífica!

 

Em uma das várias coletâneas de monografias sobre liderança e gestão [gerenciamento] do editor James G. (Jerry) Hunt, esse tema é amplamente discutido; especificamente na coletânea Volume 4, intitulada: Estar presente mesmo quando você não está: Liderando por meio de Estratégia, Estruturas e Sistemas.

 

Vejamos alguns destaques dessa discussão:

 

A princípio, para os autores, liderança significa obter desempenho além das expectativas por meio das pessoas. Em primeiro lugar, se entende que esta definição enfatiza que o desempenho é o objetivo final da liderança. Em segundo lugar, a definição destaca que os líderes devem motivar e permitir que as pessoas tenham um desempenho além [acima] do que [daquilo] consideram possível. Os líderes devem encorajar e permitir que os colaboradores partilhem as suas melhores ideias e esforços. Se fizermos isso, acredita-se que o total dos seus esforços e ideias quase sempre superará o que havia sido planejado [concebido como meta].

 

Os líderes no ápice [hierarquia mais alta] estratégico das grandes organizações, no entanto, raramente têm a oportunidade ou a possibilidade de influenciar pessoalmente todos aqueles que trabalham na sua organização. Neste momento, então, o desafio se torna em como estar presente [com os colaboradores] mesmo quando você [de fato] não está. E da mesma forma, a pergunta: como líderes estratégicos podem compartilhar com seus colaboradores sua visão e valores e se envolver com eles de forma a fazê-los ver o mundo à sua maneira?

 

Nesse contexto, se acredita que os líderes podem liderar por meio da própria estratégia, se utilizando das chamadas Estruturas e Sistemas que uma organização deve ter e operar. Mas permanece a pergunta: como podemos criar condições que permitam e incentivem as pessoas [os colaboradores] a compartilharem suas melhores ideias e esforços?

 

Para enriquecer o estudo sobre liderança, um estudioso criou uma distinção entre liderança “da” [of do termo em inglês] versus liderança “na” [in do termo em inglês] organização;

 

Liderança “da” [organização] refere-se às atividades não presenciais enfatizadas no topo da organização (comumente denominada “liderança estratégica”). Em contraste, a liderança “na” [organização] indica a liderança interpessoal [interativa] ou [pessoal] presencial (muitas vezes denominada “liderança de supervisão”) enfatizada nos níveis mais baixos da hierarquia. Entretanto, concretamente se acredita que a liderança “na” [organização] também ocorre em todos os níveis da organização, e não apenas nos níveis mais baixos.

 

Nesse contexto de liderança estruturada e presente [mesmo à distância] nas grandes organizações, o CEO, que é visto como alguém que opera num ambiente mundial quase ilimitado, deve implementar uma visão por 20 anos ou mais. Um período tão longo que se torna progressivamente mais curto, até atingir cerca de três meses no nível do supervisor de produção. Em suma, há quatro aspectos que o CEO deve considerar: liderança à distância, foco nos sistemas, liderança através da concepção da organização; e formulação e comunicação da visão da organização.

 

Contudo, se nos concentramos especialmente nos requisitos e competências de liderança estratégica (ou seja, a liderança das organizações), enfatizamos o papel arquiteto do líder estratégico. Assim como um arquiteto projeta o layout de uma casa, o líder estratégico projeta o layout da sua organização. O papel do arquiteto inclui, entre muitos outros, escolher mercados nos quais competir, agrupar pessoas funcionalmente ou por produto, como desenvolver líderes do futuro, como moldar as visões organizacionais e ambientais das partes interessadas da organização e como não apenas compartilhar uma visão, mas também envolver verdadeiramente as pessoas nessa visão.

 

Basta ter um momento de reflexão e perceber que ao mesmo tempo, é claro, praticamente todos os líderes exercem liderança “nas” organizações. Os CEOs e sua equipe de gestão e/ou subordinados imediatos envolvem-se em liderança interpessoal e presencial. E por vezes, claro, a liderança supervisora ​​não utiliza atividades presenciais.

 

Portanto, se acredita que o CEO no papel de líder [mesmo à distância], deve ser capaz de implementar uma liderança estruturada e presente nas organizações em que lideram.


Jarib B D Fogaça| Liderança, distancia, estrategias

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