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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Uma reação em cadeia como propulsor de riqueza na economia

Reação em cadeia é uma expressão usada, na física, na química, e até na biologia, para se referir a qualquer reação cujos subprodutos disparam uma sequência de reações idênticas, que se repetem até que sua matéria-prima se esgote. São processos que se autossustentam e que se mantêm funcionando sozinhos, livres de interferência. Fonte: Jarib B D Fogaça

Apesar de um dos exemplos mais conhecidos ser a fissão nuclear, de certa forma a pandemia viral que vivemos é um exemplo triste dessa reação em cadeia que estamos lutando para reverter.

 

Enquanto a reação em cadeia, na maioria das vezes, tem conotação negativa, nem sempre é o caso. Em muitos exemplos na indústria em geral, principalmente associada à indústria da tecnologia da informação, o que vemos é que a reação em cadeia tem um efeito extraordinário e exponencial de um negócio, de uma atividade empresarial. A despeito da razão, vimos isso acontecer com o “home-office” na pandemia.  O “Zoom” que era apenas uma empresa de comunicação on-line se tornou um verbo em tempos de pandemia: - Podemos fazer um “zoom”?!

 

Mas a reação em cadeia normalmente é derivada de algo ou de uma ação prévia, em que algo acontece ou alguém causa um certo efeito por seus atos e uma série de eventos começam a acontecer. Essa pandemia tem nos ensinado muito sobre reação em cadeia, para o mal e para o bem! Enquanto alguns efeitos da pandemia são danosos, outros nem tanto. E aqueles indivíduos e entidades que buscam legitimamente prosperar nesse momento têm encontrado uma grande oportunidade nesse efeito em cadeia.

 

Para não falar em tecnologia pura, que acredito estar na mente da maioria e, portanto, parece algo óbvio, podemos falar da indústria de saúde e mais especificamente da biotecnologia. Elas estão diariamente na busca de novas soluções de cura para as mais diversas doenças e ganharam um impacto ainda maior com a pandemia. Alguns podem até chamar de oportunismo a busca pelo desenvolvimento e produção das vacinas contra a covid, mas de forma objetiva essa ação está salvando vidas. É uma discussão filosófica eterna e que não vamos solucionar em algumas linhas desta discussão momentânea.

 

Para se ter uma boa ilustração dessa corrida pela vacina, uma das histórias mais interessantes é da Moderna. Pivotar é um termo comum às startups minúsculas que estão buscando seu propósito, mas a Moderna - por meio de seu dirigente principal - não deu atenção a essa noção de pivotar; pediu bilhões de dólares aos investidores, privados, e “pivotou”, partiu para resolver o problema que se apresentava. Além da Moderna, temos várias outras empresas que estão fazendo o mesmo, buscando essa onda mais alta da pandemia e trazendo soluções para problemas nunca antecipados. Se isso é oportunismo ou não, quando se resolve problemas reais e presentes [não futuros e distantes] e se gera empregos, novamente temos uma discussão filosófica sem solução no momento.

 

Por outro lado, obviedades da vida real econômica foram todas desmontadas, tais como aquelas que se diziam que a indústria de alimentação e entretenimento sempre teriam espaço na economia. Vejamos o que aconteceu: toda indústria de lazer e entretenimento de forma geral sofreu, e ainda sofre, um impacto imenso pois a pandemia simplesmente atacou profundamente a vida social de toda a população. E nessa onda também temos que buscar os efeitos em cadeia, contrários, para sobreviver.

 

Mas se toda essa discussão possa até parecer vazia em certo momento, não é, pois estamos em plena pandemia e as oportunidades de efeitos em cadeia, positivas para a economia, ainda estão muito latentes. Passando rapidamente pelo setor de biotecnologia que após um ano de pandemia começaram a ter sinais de iniciativas nacionais, vimos que há uma série de outros setores latentes que podem gerar efeitos positivos para nossa economia.

 

Recentemente, um artigo tratou da oportunidade no setor de semicondutores, que já tratamos como uma real oportunidade há mais de 10 anos. Ainda temos setores mais incipientes no mundo em que aparentemente estamos distantes, o carro elétrico! Uma nova indústria como essa está gerando no mundo um efeito em cadeia enorme, que vai muito além da indústria do automóvel em si, e afeta todo o setor de fornecimento dessa indústria de forma ampla e irrestrita.

 

A indústria do carro elétrico reputo como sendo uma das indústrias recentes que terá um efeito em cadeia inigualável nos próximos 5 a 10 anos e acredito que podemos surfar essa onda a partir de agora em várias facetas das mais distintas e diversas que podemos imaginar.


Jarib B D Fogaça|

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