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Jornal das Associaçōes Comerciais do Estado de São Paulo
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O que SP tem feito para requalificar seu espaço público

Em reunião com o CPU e NEU da ACSP, o presidente da SP Urbanismo, Cesar Azevedo, falou sobre a participação da capital no C40 e projetos em desenvolvimento, como o Esquina Histórica

A suspensão das audiências públicas sobre o Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, em maio deste ano, diz muito sobre a forma como a cidade tem gerido seus espaços públicos, na opinião de Valter Caldana, urbanista e coordenador do Núcleo de Estudos Urbanos (NEU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O atual documento foi aprovado pela Câmara Municipal em 2014, na gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT), e está previsto para vigorar até 2029.

O plano estabelece mecanismos para o planejamento e desenvolvimento da cidade e previa uma revisão intermediária até o fim de 2021, que foi adiada para julho de 2022 por conta da pandemia.

“A gestão pública precisa de continuidade, monitoramento constante e pensar em escalas menores. O PDE é um processo e não um fato – a sociedade tem de estar dentro dele o tempo todo”, diz.

A exemplo do que foi feito na França com o projeto Reinventar Paris, da iniciativa global Reinventing Cities, fomentada pela rede C40, Caldana defende intervenções menores que, juntas, geram grandes transformações.

Na última quinta-feira (09), o coordenador do NEU e Antonio Carlos Pela, vice-presidente da ACSP e coordenador do Conselho de Política Urbana da entidade, receberam o presidente da São Paulo Urbanismo, Cesar Azevedo, e discutiram os projetos em desenvolvimento pelo órgão para requalificar áreas públicas no centro da cidade.

Azevedo citou o Acordo de Cooperação Técnica com a rede global de cidades C40 Cities. São Paulo é a única representante da América Latina na lista de cidades escolhidas para o concurso em uma competição de projetos inovadores para transformar determinados espaços da cidade, a partir dos princípios da sustentabilidade.

Cada prefeitura que integra a iniciativa escolheu espaços (prédios e/ou terrenos) com potencial para novos usos. Na capital paulista, as ruas Santo Antônio (Bela Vista), Praça Alfredo Issa (República), Barão de Duprat e Praça João Mendes (ambas na região central) – foram as eleitas.

O próximo passo é engajar equipes multidisciplinares para participar de uma espécie de concorrência com previsão de abertura em dezembro deste ano.

Na visão de Caldana, esse tipo de iniciativa é uma oportunidade para criar uma nova fase na intervenção urbana de São Paulo.

“Reinserir São Paulo como uma das capitais do planeta deve ser a prioridade de qualquer governo. Temos ideias excelentes e precisamos de permeabilidade no governo”

Em um resgate histórico, Caldana citou o Plano de Reurbanização do Vale do Anhangabaú, em 1985, que partiu de uma proposta abrangente envolvendo circulação, uso dos espaços públicos, equipamentos, uso do solo e valorização e preservação de bens tombados.

Em outro exemplo, Azevedo falou sobre o Plano de Urbanização da OUC Água Branca de 2015 que levantou soluções para a região no que se refere à mobilidade, implementação de parques, creches, escolas, unidades de saúde e principalmente habitação de interesse social (HIS).

Em sua apresentação, Azevedo falou também sobre o projeto Esquina Histórica que irá refazer todo o calçamento do entorno da esquina das Avenidas Ipiranga e São João, restaurar os postes antigos de iluminação, organizar a fiação elétrica aérea e melhorar a sinalização viária e para os pedestres.

De acordo com o presidente da SP Urbanismo, a região também ganhará uma praça até o fim deste ano com o objetivo de resgatar o local como ponto de visitação.

Citando a região central da capital, Antonio Carlos Pela reforçou a importância da liberação do uso de calçadas por bares e restaurantes, especialmente no Triângulo Histórico, a exemplo do que ocorre em cidades europeias.

“A capital, e especialmente o Centro, tem locais que clamam por renovação. A ACSP está engajada nesse processo e já conquistou intervenções importantes, como a nova iluminação do Pátio do Colégio e rua Boa Vista, que além de embelezar o endereço, aumentam a segurança do espaço”, diz.

Durante a reunião, também foi citada, por parte do CPU, a intenção formal de assinar um termo de cooperação técnica para o projeto da rua Doze de Outubro e entorno do Mercado da Lapa (de responsabilidade da SP Urbanismo) e também para apoio institucional às ações e concurso internacional para as áreas subutilizadas do Centro em parceria com o C40 e SP Urbanismo.

IMAGEM: Paulo Pampolin/DC


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