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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Muito além da cultura social e empresarial

A gestão financeira, econômica e contábil pode ser muito aprimorada se considerarmos essas características do cotidiano em nossos planejamentos empresariais.

Muito se trata da cultura de cada país no modo social e empresarial, de como se fazer negócios e como estabelecer bons relacionamentos, por exemplo. Dois livros se destacam nesse tema.

 

No livro “Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens”, por Suzana Doblinski (Autor), ela ressalta que o perfil do executivo internacional é o de um profissional que consegue deixar seus hóspedes à vontade, conhece e respeita o protocolo, observa os costumes, é criativo e empreendedor, fala vários idiomas e tem uma visão global. Fazer negócios é algo muito mais amplo do que simplesmente negociar. Fazer negócios é socializar e implica amizade, etiqueta, paciência, protocolo e uma longa lista de detalhes culturais.

 

Mais importante do que o conhecimento do idioma do povo com o qual estamos contatando é o conhecimento da forma como ele pensa, age e negocia. Desde pequenas gafes até constrangimentos mais sérios podem prejudicar ou até mesmo inviabilizar, meses de trabalho para conquistar um cliente.

 

Já no livro “Kiss, Bow, or Shake Hands: The Bestselling Guide to Doing Business in More Than 60 Countries (Kiss, Bow or Shake Hands ®) (English Edition), por Terri Morrison e Wayne A. Conaway, os autores identificam o livro como o passaporte para a etiqueta empresarial internacional. Eles destacam o livro como o guia para o protocolo de negócios internacional adequado.

 

Agora o que notamos ao longo do tempo na atividade empresarial de forma geral em países diferentes, é que há diferenças mais profundas no dia a dia da gestão e da própria estrutura das rotinas das empresas. Algumas delas, inclusive, podem ser úteis no conhecimento e até mesmo na gestão do dia a dia dos negócios.

 

A exemplo inicial, temos os feriados e dias de compras (ou vendas para a empresa) que têm se propagando além das fronteiras meramente culturais locais - até sabemos que a “Black Friday” acontece no dia seguinte ao “Thanksgiving Day”, e que é uma sexta-feira, também feriado, e consequentemente marca o início da temporada de compras natalinas nos Estados Unidos.

 

Desta forma, se tornou um dia de grandes promoções por todo o país, em especial nas lojas de eletrônicos. Mas o que aconteceu foi que importamos para o Brasil essa data, de certa forma sem nenhuma relação com o nosso calendário e atualmente todas as empresas buscam essa oportunidade para mais um dia de compras.

 

E o que poderia chamar ainda mais nossa atenção é que o “thanksgiving” é sempre numa quinta-feira e, apesar da sexta-feira não ser feriado na maioria dos lugares, as pessoas nos Estados Unidos, culturalmente, tiram esse dia por conta de férias ou dias pessoais. Consequentemente, há esse benefício mútuo: as empresas fazem promoções e as pessoas têm tempo e vão às compras.

 

Há que se notar também que nos Estados Unidos, muitos dos feriados são numa segunda ou sexta-feira; alguns defendem que dessa forma se tem um fim de semana de três dias - de fato isso acontece. Há também uma informação que a maioria dos feriados federais foi oficialmente realocada para a segunda-feira mais próxima pelo então Presidente Richard Nixon, em 1971.

 

Essa forma de comemoração tem um impacto muito relevante, positivo, na economia.

 

E isso nos leva a um segundo fato da comunidade empresarial americana muito interessante. Na gestão dos negócios de forma geral, os empresários trabalham e medem os negócios em semanas. Afinal, toda semana tem sempre 5 dias e um fim de semana. E essa constância afeta substancialmente o comportamento humano e, consequentemente, o consumo.

 

Portanto, mesmo que os trimestres fiscais sejam definidos como períodos de três meses no calendário financeiro de uma empresa e sejam usados como base para relatórios financeiros periódicos, em termos de semanas, um trimestre fiscal é composto por 13 semanas e um ano fiscal é composto por 52 semanas.

 

A gestão de um negócio pode e deve sempre levar em conta essas nuances da vida real e cotidiana das pessoas, inclusive nas medições de desempenho e no próprio planejamento financeiro. Um mês curto pode não gerar caixa para os pagamentos mensais e um mês longo pode gerar o caixa extra que precisa ser poupado.

 

A gestão financeira, econômica e contábil pode ser muito aprimorada se considerarmos essas características do cotidiano em nossos planejamentos empresariais.


Jarib B D Fogaça| cultura, social, empresarial, negocios, relacionamento

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