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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Mentor, técnico (coach), conselheiro...

Há vários anos, mais de cinco, a ACIC – Associação Comercial e Industrial de Campinas promoveu uma atividade em prol de seus associados. Juntamente com vários colegas, fui um dos mentores de jovens empreendedores.

Me alegra muito depois de vários anos dessa atividade, ver vários dos mentorados - tanto meus, quanto dos meus colegas - com muito sucesso e prosperando em seus negócios e atividades. Tantos anos depois, até fica difícil a discussão de quanto a mentoria ajudou, mas vários desses empreendedores atribuem o direcionamento profissional de negócios à mentoria recebida.

Recentemente, o título de uma matéria dizia: Luiza Trajano diz que uma pequena empresa não deve pensar em governança: “ganhe dinheiro primeiro”. E a entrevistada continua e dizia [em parte] ... “A empresa não tem nem dinheiro para montar um conselho”. De fato, empreendedores, jovens, não terão dinheiro para a governança formal clássica. Mas poderão se valer de iniciativas de mentoria “pro- bono” disponíveis em várias esferas.

Além da iniciativa há algum tempo da ACIC, existem e sempre existirão várias outras iniciativas de mentoria voluntária estruturada. Juntamente com um grupo grande de mais de 100 mentores, participamos por um período de cinco anos como mentores na FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) do programa denominado PIPE Empreendedor. Uma iniciativa estruturada e coordenada, com mentoria voluntária.

Voltando ao assunto da governança, que talvez não se encaixe na forma clássica a um empreendedor em fase inicial, uma mentoria ainda se encaixaria muito bem e com prováveis reais benefícios ao empreendedor e seu empreendimento. Relembrando uma das várias definições de mentor, por Sandra Betti:

Mentor: é aquele que dá suporte e encorajamento para que a outra pessoa gerencie seu próprio aprendizado, maximize seu potencial e desenvolva suas habilidades, aprimore seu desempenho e se torne a melhor pessoa que possa vir a ser.

E vamos muito além da mentoria, há no mercado várias iniciativas estruturadas de conselheiros consultivos para startups! Iniciativas que, de certa forma, conduzem para o empreendedor esse conselheiro em condições “pro bono”. O trabalho do mentor - ou mesmo do conselheiro de uma startup - pode ser fundamental.

O profissional mentor ou conselheiro poderá apoiar na análise da real viabilidade da proposta de empreendimento e apoiará na avaliação do modelo de negócio para seguir em frente, aumentando assim as chances de oferecerem um produto inovador ao mercado. Aspectos específicos nessa busca pelo empreendedorismo incluem:

  • Conhecer, de fato, quem são seus clientes; clientes serão sempre pessoas;

  • Desenvolver uma proposta de valor persuasiva; não venda, seja comprado;

  • Definir um modelo de negócio sustentável e escalável; mais do que um grande projeto, um grande negócio.

E a questão fundamental que o mentor ou conselheiro poderá ajudar é no alinhamento do projeto, do empreendimento. Muitas vezes a ideia surge de um projeto científico, em seguida é necessário se considerar o componente tecnológico e, finalmente, o processo comercial.

Há um componente a considerar muito importante, que é sobre as necessidades reais dos vários tipos de clientes que se pretende atender e potenciais não clientes.

Mas o que importa mesmo é o desenvolvimento no empreendedor de um conhecimento mais amplo do mercado com uma rede ampliada de contatos, mais abertos a discutirem seus desafios com outros interlocutores e com outros empreendedores, e com uma visão global sobre como desenvolver negócios inovadores.


Jarib B D Fogaça|

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