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Glossário do empreendedor: o que é upcycling

Conceito, que tem crescimento como tendência no mercado de moda, consiste em aproveitar materiais que seriam descartados e transformá-los em novos produtos, mas sem utilizar processos químicos e físicos. Fonte: JORNAL DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

A indústria da moda é repleta de controvérsias. Já virou rotina denúncias de trabalho análogo à escravidão na cadeia de produção de grandes marcas.

Além disso, a principal matéria-prima dessa indústria também é alvo de contestação. O cultivo de algodão convencional é altamente dependente de agrotóxicos. É estimado que 10% dos agrotóxicos e 25% dos pesticidas produzidos no mundo são aplicados apenas nesse tipo de lavoura.

No caso de peças coloridas, até 600 litros de água podem ser usados no tingimento de apenas um quilo de tecido.

De acordo com a consultoria de sustentabilidade Eco-Age, a vida útil média de uma peça de fast-fashion é de cinco usos.

É por essas e outras razões que algumas empresas têm buscado adotar práticas mais sustentáveis. Uma delas é o conceito de upcycling, que consiste em aproveitar materiais que seriam descartados e transformá-los em outros produtos, mas sem passar por novos processos químico e físico.

Diferenciar upcycling de reciclagem é importante. No segundo caso, novos processos industriais podem gerar resíduos poluentes e consumir alto volume de água – o que torna a prática menos eficiente.

O conceito de upcycling é conhecido entre designers e tem ganhado força como tendência mundial.

Desde 2012, a britânica London College of Fashion mantém um departamento para estudar métodos de produção baseados em upcycling.

A marca alemã Schmidttakahashi utiliza peças descartadas por seus próprios clientes para criar novas coleções.

As roupas usadas são limpas. Punhos, furos, manchas e vestígios de uso podem ser aprimorados e realocadas em novas posições. Os cortes são usados para criar novas combinações de cores, formas e texturas.

No Brasil, em 2009, a marca Cavalera lançou uma coleção de bolsas e carteiras utilizando sacos de cimento usados. Meses antes, a empresa tinha realizado uma reforma em seu showroom.

Na bagunça da obra, sacos vazios se acumularam ao ar livre. Mesmo após receber chuva e luz solar, o “lixo” se manteve intacto. Foi então que a equipe de estilistas da marca teve a ideia de utilizar o material.

O setor de construção civil também fornece outros materiais utilizados em projetos de upcycling. São os casos de madeiras de demolição, como portas e janelas, que dão origem a móveis.

ORIGEM

O termo foi cunhado pelo empresário e ambientalista alemão Reine Pilz. Em 1994, durante uma entrevista, Pilz criticou processos de reciclagem, que geravam mais resíduos do que reaproveitamento de materiais. 

 “O que precisamos é de upcycling, em que é dado mais valor aos produtos antigos e não menos”, disse Pilz.

O conceito ganhou popularidade a partir de 2002, com o lançamento do livro Cradle to Cradle: Remaking the way we make things, de William McDonough, arquiteto americano, e Michael Braungart, químico alemão.

Na obra, os autores demonstram que a redução na criação de novas matérias-primas poderia reduzir o consumo de energia, poluição do ar e da água e emissões de gases causadores do efeito estufa.

Em 2010, eles criaram um instituto de pesquisa de desenvolvimento de produtos, que mais tarde se tornaria o Cradle to Cradle Innovation Institute.


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