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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

Feitas para sobreviver e vencer – continuando

Falamos recentemente sobre o aprendizado que temos obtido dos livros, em especial falamos dos que marcaram época com títulos em português: Feitas para Durar; e depois, Feitas para Vencer.

Retornamos aos livros para buscar a síntese de cada um deles e o eventual reflexo nos nossos dias. Continuamos neste artigo pelo livro Feitas para Vencer! Iniciamos esta série de 3 artigos, Feitas para Sobreviver, considerando a pandemia como um fator de desafio raramente enfrentado pelas empresas de forma tão abrangente e impactante.

Na sequência cronológica do anterior, Feitas para Durar, veio o livro Feitas para Vencer, que apenas Jim Collins o produziu. Pudemos e sempre podemos tirar novos ensinamentos da leitura desses livros; e trazemos aqui o que mais nos chamou a atenção neste momento de análise deste estudo por pandemia.

O autor havia recebido uma crítica de que o livro anterior não havia trazido nada novo, de que a maioria das empresas feitas para durar do estudo sempre haviam sido excelentes empresas e, em sua maioria, haviam superado as crises como as empresas excelentes fazem. Não eram empresas que tiveram que se transformar de boas a excelentes, já haviam nascido com essa característica desde o início, inclusive a partir do seu fundador. E o que o autor nota é que [infelizmente] a grande parte das empresas [é] boa, e permanece assim! Dessa circunstância, o autor passa a se questionar se uma empresa boa pode se tornar excelente, e ele até denota o fato de ser somente boa, como uma “doença”!

A conexão desse estudo com a pandemia e o pós-pandemia pode ser muito esclarecedora; o estudo sempre busca os chamados momentos de sobrevivência e na sequência, sua ruptura. Tivemos com a pandemia um período longo e difícil de sobrevivência para as empresas de toda forma e natureza. E o que poderemos ver agora no pós-pandemia quais empresas sobreviveram e farão a ruptura de boa para excelente.

Da mesma forma que o autor no estudo, veremos na realidade quais serão essas empresas que farão essa transição, sobreviver, vencer, e durar – e passarão de boas empresas a excelentes empresas. Isso além da ironia que o autor descreve, que após o 2º livro, Feitas para Vencer, ele nota que de fato este seria um livro que precede o outro, Feitas para Durar.

De forma prática e sintética, alguns conceitos existentes que foram confirmados e outros pré-estabelecidos, agora estão sendo desmistificados e até desqualificados. A construção e, em seguida, a ruptura de boa para excelente empresa inclui algo comum e difícil de ser praticado: pessoas disciplinadas, pensamento disciplinado, ação disciplinada. Já vimos essa composição de várias formas diferentes, a notar pelo livro estudo de Ram Charam, Execução, que na essência trata da disciplina empresarial como cerne do sucesso.

Ainda dentro desse estudo todo, há que se listar sucintamente os elementos fundamentais identificados, que nem sempre vão nos surpreender como novidade, mas que permanecem até os dias de hoje como fundamentais na gestão empresarial.

A saber:

  • Liderança nível 5, que sabemos ser tão necessária na condução de uma empresa;

  • Primeiro quem ... depois o quê, algo que deriva da liderança, em primeiro escolher as pessoas certas, e somente depois determinar onde elas atuarão;

  • Enfrente a verdade nua e crua (mas nunca perca a fé), com disciplina, vontade e coragem para enfrentar a realidade;

  • O conceito do porco-espinho (a simplicidade dentro dos três círculos), algo como superar o conforto da competência que é boa, e buscar a excelência acima de tudo;

  • Uma cultura de disciplina, algo como entender que todas as empresas têm cultura, algumas têm disciplina, e muito poucas atuam com esses elementos conjugados, com a cultura de disciplina;

  • Aceleradores tecnológicos, aprendendo que tecnologia em si não pode ser a causa básica ou primária dessa transição de boa a excelente.

 

Agora ao final de todo esse estudo, o autor se depara com questões que transcendem a empresa e que atingem o âmago do ser humano; ele foi questionado diretamente sobre a necessidade, ou não, de ser excelente e a necessidade de ser grande para ser excelente. O que se destaca é que ele conclui que nenhuma empresa precisa ser grande para ser excelente, não depende do tamanho. E ainda assim a pergunta não se esgota, não se responde completamente.

E após conceituar de que aqueles que se empenham em transformar o bom em excelente não consideram o processo mais doloroso ou exaustivo do que aqueles que resolvem deixar as coisas como estão. E o ponto alto da resposta a essa pergunta vem depois. De fato, excelência para que? Ele compartilha que a resposta está no âmago daquilo que se faz ou que se motiva a fazer, no âmago do trabalho de pesquisa que produziu o livro: a busca do sentido – ou mais precisamente, a busca de um trabalho que tenha sentido. E ele ainda pondera que se tivermos dúvidas em atingir a excelência em nosso trabalho, então estamos na linha de trabalho errada.

E vemos como esses conceitos tomam forma e amadurecem ao longo dos anos; hoje usamos uma outra palavra para expressar o mesmo desejo de excelência naquilo que fazemos; hoje buscamos propósito constantemente e continuamente, seja na nossa vida profissional, na nossa vida pessoal, em nossa vida social e familiar, e em todo o tempo, na busca de vencermos, com excelência.

 


Jarib B D Fogaça|

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