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Jarib B D Fogaça
Jarib B D Fogaça
Sócio na JFogaça Assessoria e conselheiro independente.

ESG e a Gestão ambiental

Não é recente o fato de que a humanidade gera lixo, muito lixo! Elegantemente chamamos o tratamento do lixo de Gestão Ambiental. Afinal “lixo” denota algo ruim; qualquer material sem valor ou utilidade; ou ainda detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora; tudo o que se retira de um lugar para deixá-lo limpo.

E tratar, cuidar ou qualquer que seja a ação humana em relação ao lixo é sempre difícil. A reciclagem ainda é algo bem incipiente apesar do grande volume de notícias a esse respeito! De fato, reciclar não é uma tarefa fácil, e muitas e muitas vezes até mais custosa, tanto financeiramente como humanamente. Lidar com o lixo não é saudável por natureza.

Vejamos os casos dos aterros sanitários. Em 2020, houve redução de 17% da quantidade de lixões em relação a 2019, passando de 3.257 para 2.707 lixões, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes, a Abetre.

Ainda temos também a indústria de reciclagem, que se propõe a reprocessar o lixo reciclável para o eventual reuso. Temos, inclusive, uma Política Nacional de Resíduos Sólidos; entretanto, apesar de se apontar vários desafios para que a reciclagem se torne uma prática mais comum, sabemos que, na essência, a dificuldade em alcançar uma viabilidade econômica impede em muito a reciclagem.

E com essa onda ESG que estamos vendo tomar forma, vemos que gestão ambiental pode ser uma grande parte dessa nova “pegada” e uma real oportunidade de negócios. Empresas fornecedoras de soluções dessa natureza para os grandes geradores de lixo, tanto orgânico que vai para os aterros, como o lixo reciclável e, eventualmente, reutilizável.

O lixo orgânico não deixará de ser produzido e o seu tratamento precisa de tecnologia, muita tecnologia. Apesar de ser lixo, precisa ser tratado e não somente depositado nos aterros sanitários. As notícias de pesquisas e desenvolvimento de indústrias para o processamento desse lixo, se existem, são esparsas – um universo de oportunidades reais existe nesse campo.

O lixo reciclável e o processo de reciclagem ainda estão bem no início; conhecemos muito sobre a reciclagem do alumínio, do plástico e do papel; mas também se sabe, apesar de muito debate, que o produto reciclado nem sempre conserva as características originais de qualidade e pode comprometer o uso. O processo de reciclagem também é ainda muito custoso e caro, a começar pela separação dos componentes, que algumas vezes se torna insalubre.

Vejamos o caso do Banco Real, que após ser comprado atualizou seus extratos, antes em papel reciclado, para papel original da celulose. E o banco sucessor, o Santander posta e dá ênfase em seu site à adesão de clientes aos serviços digitais, como extrato e boleto eletrônico; além de chamar a atenção para o fato de usar papel certificado (feito de celulose proveniente de florestas plantadas e sustentáveis).

Com toda essa evolução de ESG, a conexão do E [environmental], que em português é o Ambiental com o S [social], que obviamente é social, vê-se uma oportunidade de negócios nunca vista antes, para aqueles que se propuserem a oferecer soluções realmente tecnológicas. Soluções de trato real das questões ambientais, seja do lixo orgânico ou do lixo reciclável, terão um mercado de empresas ávidas por essas soluções a todo o tempo e dispostas a custear soluções realmente inovadoras!

Sabemos que os produtores na ponta de fornecimento de produtos incríveis, terão que ser mais “circulares” em seu modelo de negócios – já que precisam garantir que todos os materiais e embalagens usados ​​sejam reutilizáveis, recicláveis ​​ou compostáveis para que essa necessidade se torna uma real oportunidade de negócios sem limites no ambiente ESG.
 

Fonte: Jarib B D Fogaça
Imagem: Freepik


Jarib B D Fogaça|

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