Impostômetro da ACSP chega à marca de R$ 300 bilhões neste domingo

Impostômetro da ACSP chega à marca de R$ 300 bilhões neste domingo

Em Campinas, a arrecadação de tributos chega a R$ 290 milhões

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu a marca de R$ 300 bilhões no domingo, 12 de fevereiro. O valor representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início de 2017. No ano passado, o mesmo montante foi registrado somente em 21 de fevereiro, o que revela crescimento do bolo tributário.

Em Campinas, a arrecadação de tributos já chegou a R$ 290 milhões, e no mesmo período em 2016, a marca chegou a R$ 247 milhões, o que mostra um aumento no montante para este ano. Adriana Flosi, vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), acredita que o Impostômetro é uma forma de conscientização da população. "Os altos encargos tributários pagos precisam ser revertidos em melhoria nos serviços públicos. É um direito da população estar ciente desses números", destaca.

“Há um aumento real na arrecadação, mas essa alta tem que ser vista com cautela: ela ainda não se refere a uma elevação do nível de atividade, mas sim a aumentos de alíquotas de alguns tributos”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da FACESP. “A tendência, porém, é boa. Há indicadores que começam a se reequacionar, resultado das reformas do governo, que vêm produzindo os primeiros efeitos para tirar o país da recessão”, complementa.

Imposto no Carnaval

Levantamento encomendado pela ACSP ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela que a caipirinha é um dos produtos típicos no Carnaval mais tributados: em média, 76,66% do preço de uma dose do drinque é composto por impostos, taxas e contribuições, sendo 1,65% referente ao PIS, 7,60% à COFINS, 25% ao ICMS, 35% ao IPI e 7,41% a outros tributos.

A pesquisa analisou detalhes da tributação de vários outros artigos tipicamente associados à maior festa nacional. Uma máscara de lantejoulas, por exemplo, é tributada em 42,71% (sendo que 1,65% é destinado ao PIS, 7,60% à COFINS, 18% ao ICMS, 12% ao IPI e 3,42% a outros).

Já o confete e a serpentina, embora pequenos no tamanho, são grandes na mordida do Leão: 43,83% de seus preços são cobrados para pagar tributos (1,65% vai para o PIS, 7,60% vão para a COFINS, 25% vão para o ICMS, 5% vão para o IPI e 4,58% vão para outras destinações).

Para os foliões mais animados, o preservativo é o produto sobre o qual menos incide tributos: “apenas” 18,75%, sendo que 1,65% refere-se ao PIS, 7,60% à COFINS, curiosamente nada de ICMS e nada de IPI. Os 9,50% restantes são destinados a outras taxações.

Por fim, o contribuinte que for viajar no Carnaval ainda vai ter que pagar, além de todos esses tributos já citados, mais 5% de ISS, presente nas passagens aéreas, pacotes de viagens e diárias de hotéis.

O painel

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade. É uma ferramenta automatizada que recebe dados de todo o Brasil e apura quanto as esferas de governo estão arrecadando em tributos. Os valores computados são federais, estaduais e municipais e são atualizados em um painel em tempo real no site www.impostometro.com.br. Pelo portal é possível também ver os valores separadamente em cada município e entre outras informações. O painel físico do Impostômetro está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista.

Os dados recebidos são enviados por fontes oficiais como a Receita Federal, portanto não são especulativos. O que mais conta na soma é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, com 20% do total. Em seguida vêm o INSS, com 17,3% do total e o Imposto de Renda, 16,9% da soma.


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