Boa Vista: varejo deve crescer no ano, mesmo com cenário pouco amistoso

Boa Vista: varejo deve crescer no ano, mesmo com cenário pouco amistoso

A antecipação do 13º salário e a liberação do saque ao FGTS devem ajudar a impulsionar as vendas na primeira metade do ano, diz o birô de crédito

alta de 0,9% nas vendas do varejo entre março e abril veio acima daquilo que era esperado pelo mercado, já que a mediana das projeções apontava um avanço de 0,2%, mas em linha com a variação do indicador antecedente de Movimento do Comércio da Boa Vista, que havia registrado alta de 1,1%.

Na comparação interanual o volume de vendas subiu 4,5% e o resultado acumulado no ano passou de 1,3% até março para 2,3% em abril. Porém, na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o crescimento desacelerou, passando de 1,9% para 0,8%.

Na avaliação dos economistas da Boa Vista, o resultado do mês, a despeito do cenário ainda delicado ao consumidor, dado que a inflação ainda não havia cedido e os juros já eram altos, reflete uma melhora no mercado de trabalho, lembrando que a taxa de desemprego caiu de 11,1% para 10,5% no mesmo período, bem como a contribuição da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas e a liberação do saque ao FGTS – que só em abril pode ter beneficiado cerca de 7,1 milhões de trabalhadores e injetado quase R$ 5 bilhões na economia, de acordo com os dados do Ministério da Economia.

Essa contribuição, por sinal, deve ser percebida nos meses de maio e junho, quando R$ 17,9 bilhões e R$ 7,2 bilhões deverão ser sacados do FGTS por 24,9 milhões e 10 milhões de trabalhadores, respectivamente.

Apesar da forte desaceleração do crescimento em 12 meses acumulados, a expectativa ainda aponta para um número positivo do varejo no ano, mesmo num cenário pouco amistoso, no qual a projeção de inflação continua caminhando para cima.

Nesse sentido, o segmento de “Combustíveis e lubrificantes” está no centro das atenções, dado o risco de desabastecimento do diesel e a recente proposta do governo federal visando postergar mais um aumento sobre o preço dos produtos derivados de petróleo.

 

IMAGEM: Freepik


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