Crescimento de empregos em Campinas, embora positivo, fica abaixo de 1%

Crescimento de empregos em Campinas, embora positivo, fica abaixo de 1%

As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED) foram analisadas pelo economista Laerte Martins, da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e segmentadas nas 20 cidades que formam a Região Metropolitana de Campinas.

Campinas contratou, em outubro de 2021, 16.784 trabalhadores e registrou o desligamento de 15.522 empregados com carteira assinada. O saldo de 1.262 vagas, embora positivo, representa um percentualmente apenas 0,32%. No acumulado do ano, de janeiro até outubro de 2021, apenas em Campinas foram contratados 165.028 trabalhadores com carteira assinada. No entanto 144.1353 pessoas perderam seus empregos no acumulado do ano. O saldo é positivo, de 20.675 vagas, o que representa uma variação de 5,60%.

Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) foram gerados, em outubro de 2021, 5.211 postos de trabalho, resultado das 42.590 contratações e das 37.379 demissões. Nos 10 meses de 2021 (janeiro a outubro) foram criadas 63.386 novas vagas, 678,76% acima dos 10.952 empregos eliminados no mesmo período de 2020. Os setores da Indústria, Serviços, Comércio, Construção Civil e Agropecuária, juntos, na RMC, foram responsáveis pelas contratações dos trabalhadores com carteira assinada. 

Apenas Campinas foi responsável por 1.262 novos postos de trabalho em outubro de 2021 e pela criação de novas 20.675 vagas no acumulado do ano, o que representa 327,85% acima dos 9.074 empregos eliminados no acumulado de 2020. Na cidade, os setores que mais contrataram foram Serviços, Comércio e Construção Civil, que geraram 1.389 postos. A Indústria e a Agropecuária eliminaram 127 vagas no mês de referência no município. Os dados foram obtidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED).

“Está havendo uma redução na geração de postos de trabalho, que evoluiu em média 9%, ao mês, em outubro de 2021. Essa taxa, portanto, limita o crescimento do emprego, podendo se prever uma evolução lenta e mais baixa até o final de 2021, e não uma expansão mais arrojada”, informa o economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

“Apesar do efeito da vacinação estar evoluindo positivamente, as injunções econômicas estão provocando uma elevada taxa de Inflação e o crescimento da taxa de Juros. Além disso, as crises energética juntamente e hídrica e a desvalorização do Real frente ao Dólar, frustram as pretensões de recuperação do “Emprego e Renda” para este final de ano, de 2021.  Para 2022, a incerteza continua na geração de empregos formais em função, principalmente, pela instabilidade econômica e não tanto pelos efeitos da pandemia, e, também, devido a eleição presidencial”, diz.

Das 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), apenas três tiveram saldos negativos – e, mesmo assim, inferiores a um ponto percentual – na geração de empregos com carteira assinada em outubro de 2021. Cosmópolis foi uma delas, com um saldo negativo de 91 vagas (361 admissões contra 452 demissões), o que representa um percentual de 0,86%. Artur Nogueira também registrou uma redução de 0,72%, com a perda de 62 vagas (335 admissões contra 397 desligamentos), e Valinhos, que perdeu 20 vagas (0,05%0, resultado da diferença entre as 1.075 contratações e as 1.725 demissões no mês.

As cidades que mais contrataram em outubro foram Holambra, com percentual 3,11% (637 admissões e 308 demissões); Santa Bárbara D´Oeste (1,31%), com saldo de 643 vagas, considerando as 2.408 admissões e as 1.765 demissões; e Pedreira, com 609 contratações e 463 desligamentos, registrando um saldo positivo de 146 vagas e um percentual de 1,13%. Já no acumulado do ano, entre janeiro e outubro de 2021, nenhuma das 20 cidades da RMC tiveram saldos negativos nas contratações com carteiras assinadas. As cidades que mais se destacaram no período foram Holambra, com o crescimento em números de vagas de 12,57%; Monte Mor, com 12,15%, e Morungaba, com 10,29%. 

Os dados, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED), em nível nacionalapontam que o emprego formal, com carteira assinada, em outubro de 2021, registrou um saldo de 253.083 postos de trabalho, resultantes de 1.760.739 admissões e de 1.507.656 desligamentos. No acumulado do ano até outubro, foi registrado um saldo de 2.645.974 empregos. Quando comparado com o mesmo período de setembro de 2021, houve uma expansão de 5,29% na geração de postos no país. 

“Avaliando os números nacionais entre outubro e setembro de 2021, verifica-se uma queda de 19,38%. Nos setores de Serviços e Comércio houve uma expansão de 5,59%. No entanto, registraram-se importantes quedas na oferta de emprego pela Indústria, de 63,33%, na Agropecuária (35,65%) e na Construção Civil (29,69%)”, destaca o economista.

 


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