https://atualiza.acicampinas.com.br/ADMblog/thumbs/538.jpeg
Equipe ACIC
Equipe ACIC
Tradicional instituição empresarial de Campinas, fundada em 1920 e com mais de 2.500 empresas associadas, a ACIC apoia o desenvolvimento das empresas por meio de seus 3 pilares para soluções empresariais: Redução de Custos, Oportunidades de Negócios e Educação Empreendedora.

4 pontos essenciais para pequenos negócios conquistarem clientes no exterior

A interrupção das feiras de negócios com a pandemia torna difícil a prospecção de compradores internacionais? Veja dicas da SP Chamber, da ACSP, para atraí-los e abrir novas frentes de negócio. Fonte: JORNAL DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Exportação é venda. Importação é cliente. E uma boa narrativa comercial deve abrir oportunidades para ampliar negócios. A máxima, da São Paulo Chamber of Commerce, braço de comércio exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), resume o básico necessário para abrir outras frentes de negócio, em especial na pandemia.

Em um mundo globalizado, em tese, é muito mais fácil fechar negócios com um cliente de outra parte do mundo. Mas para os pequenos empresários do comex, a pandemia trouxe um novo desafio, uma vez que as feiras de negócios, fundamentais para a aproximação com seus parceiros comerciais, não acontecem mais. 

LEIA MAIS:  O momento é de fazer negócios com a Índia

Nesse contexto, é possível chegar aos potenciais compradores com a ajuda de ferramentas públicas gratuitas custeadas por organismos internacionais, como a TradeMap, da ONU (Organização das Nações Unidas), que ajudam a encontrar nomes e informações sobre os mais relevantes em cada país. 

"Ou até por nicho de produto", disse Maurício Manfré, advogado e assessor de negócios internacionais da SP Chamber, com experiência de 30 anos na área, no webinar "Como Despertar o Interesse do Potencial Exportador",  realizado pela área de comex da ACSP na última quinta-feira (20/05). 

Como a pandemia acelerou a digitalização e encurtou a cadeia comercial do varejo, usar ferramentas digitais e criar uma webpage como uma espécie de cartão de visita é a forma mais fácil de chegar a esse futuro comprador, enviando como link ou QR Code por Whatsapp, Linkedin ou até pelo bom e velho e-mail. 

LEIA MAIS:  Sistema Habilita estimula a entrada de pequenos negócios no comex

E para isso, nem é preciso mudar o site da empresa: basta inserir abas acessíveis no canto superior direito da página, com bandeiras dos países sinalizando o idioma, para o importador encontrar a informação desejada. 

"O segredo é fazer com que esse 'cartão' seja facilmente visualizado", destacou o especialista. "O comprador não sabe o que você vende, e não conhece a sua empresa. Mas se você souber apresentar bem seu produto, mostrar seu diferencial, compromisso e confiabilidade, conseguirá fazer dinheiro com ele", afirmou.

A seguir, Manfré detalha os quatro pontos essenciais para facilitar a conquista do cliente internacional: 

1 - PRODUTO 

Em primeiro lugar, apresente seus produtos ou serviços de forma clara, com objetividade, e em todas as suas variações e aplicações, de acordo com Manfré. É preciso se colocar no lugar do comprador e pensar "o que despertaria a atenção numa mensagem recebida, mas não solicitada". 

Ser bastante assertivo, e mostrar o que está sendo oferecido de forma clara para o cliente entender que o produto interessa para ele já é um bom começo, explica. E usando uma narrativa comercial semelhante ao famoso 'pitch' de vendas. Ou seja: entregar tudo o que o potencial comprador precisa saber em 30 segundos. 

Senão, a negociação não vai para a frente, alerta o especialista. "Se eu despertar o interesse, terei chance de falar pessoalmente depois", lembra. "Mas o primeiro contato precisa de uma construção mental objetiva, com elementos iniciais irresistíveis e que provoquem no cliente a necessidade de saber mais sobre o seu produto."

2 - DIFERENCIAL

O importador se interessou. E agora? É hora de mostrar em que seu produto se destaca para atrair ainda mais esse possível cliente. Alimentos e bebidas da Amazônia, biojoias, moda praia ou mármores e granitos diferenciados, por exemplo, são produtos com grandes chances de fisgar o cliente internacional, diz Manfré.  

No caso de outros tipos de produtos, o diferencial estará em outros elementos, como certificações de qualidade, de origem ou de classificação, composição ou materiais utilizados, exclusividade ou customização e atributos e estilos. 

Empresas comprometidas com qualidade, questões sociais e o meio ambiente são muito enaltecidas por compradores de regiões como a Europa, por exemplo. Muitos desses potenciais clientes também consideram o 'propósito' da empresa, além de avaliar se ela está em dia com obrigações regulatórias do país de origem. 

O especialista explica que, por buscarem o fair trade (relações comerciais baseadas em boas práticas), esses clientes não querem mais comprar produtos que tenham origem na exploração de empregados, por exemplo. 

"Se não cumprirmos regras ambientais e sociais, o Ministério Público do Trabalho ou a Cetesb ficam no nosso pé", afirma. "Mas lá fora, anuncie a 'obrigação' que ela se torna um elemento diferenciado da sua empresa."

Os diferenciais também são a única forma de competir com a Ásia, reforça Manfré. "Eles podem até ganhar em volume, mas você pode ganhar 10 vezes mais se oferecer customização e qualidade como alternativa."

3 - O PRODUTOR E SEU COMPROMISSO

Uma vez que seu produto e os diferenciais chamaram a atenção do importador, chegou a hora de apresentar quem será seu novo fornecedor. Ou seja, de contar o que sua empresa faz e o que faz, porque os clientes se identificam com o seu produto, ou se ele é feito por um motivo (e não apenas por servir para algo).

Reforçe seu compromisso com a qualidade, meio ambiente, colaboradores e, finalmente, apresente a história da sua empresa, falando sobre quando foi fundada, criadores e outras informações do tipo. 

Detalhe importante: seja objetivo, e resuma tudo em um parágrafo, alerta Manfré. Afinal, esse approach de 30, 40 linhas não funciona muito neste cenário dinâmico do comércio globalizado. 

"Se você atraiu a atenção do importador com o produto, ele vai querer te conhecer. Mas, se primeiro ele avaliará seu compromisso com a qualidade, depois vai querer ver também se esse compromisso se sustenta", destaca. 

4 - CONFIABILIDADE E PRESENÇA DE MERCADO

O potencial cliente do exterior já aprovou os três primeiros pontos. Mas falta ainda passar a segurança necessária de que ele está prestes a fechar negócios com um fornecedor confiável. 

Essa é a hora de mostrar sua presença no mercado, brasileiro ou estrangeiro, qual seu volume de produção e vendas e em quais cidades, estados ou até países sua marca está presente, explica Manfré. Também é importante informar o número de clientes atendidos e, de preferência, se puder, informar seus nomes.

Se o importador chegou até aqui, não restará alternativa a não ser responder o contato e iniciar o processo de aproximação comercial. "Aí sim: a conquista de seu novo cliente começou", afirma.          

FOTO: Pixabay

 

Equipe ACIC|

Pode lhe interessar


Colunistas


Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto Foto

Posts recentes


Assuntos relacionados