Carnaval: colar havaiano, espuma, máscara, confete e serpentina têm mais de 40% de imposto, alerta ACSP

Carnaval: colar havaiano, espuma, máscara, confete e serpentina têm mais de 40% de imposto, alerta ACSP

A arrecadação de tributos no município de Campinas, desde o começo do ano, já alcançou a marca de R$ 257 milhões

O Carnaval vem aí. E, com ele, alegria e descontração. Mas, por trás dos artigos mais procurados durante a folia estão altos impostos. Estes podem passar de 40% do preço final, por exemplo, de colar havaiano (45,96%), spray de espuma (45,94%), máscara de plástico (43,93%), confete e serpentina (43,83%) e máscara de lantejoulas (42,71%).

Os dados são de levantamento encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). As bebidas estão no topo da lista no quesito carga tributária: caipirinha (76,66%), chope (62,20%), cerveja (55,60%), refrigerante em garrafa (46,47%) e em lata (44,55%).

 A vice-presidente da Associação Comercial de Campinas, Adriana Flosi, acredita que as altas taxas não estão a favor do pequeno e médio empresário. “Os altos encargos que refletem no preço dos produtos não prejudicam apenas os consumidores. Os empreendedores também são reféns dos tributos que, se tivessem uma menor incidência, possibilitariam investir e crescer gerando empregos“, comenta.  A arrecadação de tributos no município de Campinas, desde o começo do ano, já alcançou a marca de R$ 257 milhões, segundo o Impostômetro da ACSP. 

“O ICMS e o IPI são os impostos que mais pesam sobre as bebidas. Em contrapartida, a alta do consumo desses produtos é o que movimenta as vendas de bares, restaurantes e lanchonetes”, diz Marcel Solimeo, superintendente institucional da ACSP.

“O Carnaval impacta pouco o varejo tradicional paulistano, pois o consumo concentra-se na aquisição de itens de menor valor. Além disso, fevereiro já é um mês mais fraco para o comércio por ter menos dias úteis. Por outro lado, o Carnaval pode beneficiar o setor de serviços”, analisa ele.

No levantamento, as menores taxas são verificadas em três produtos: preservativo (18,75%), passagem aérea (22,32%) e hospedagem em hotel (29,56%).

O superintendente institucional da ACSP ressalta que a tributação geral dos produtos no Brasil é alta, “o que emperra a elevação do poder de compra e a engrenagem da economia”.


Imposto, Carnaval

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