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Laerte Martins
Laerte Martins
Economista da ACIC

Vendas de abril em contenção em Campinas e região

As vendas do comércio varejista de Campinas, em abril de 2016 continuam em queda, em comparação com abril de 2015, com uma redução de 9,38% no seu volume de vendas. Quando comparado com o mês anterior, abril de 2016 apresentou uma leve queda de 0,74%, que representa praticamente uma igualdade no volume de vendas, isto porque, março teve menos dias úteis de vendas, principalmente pelos feriados da páscoa e do Tiradentes.

Em relação ao quadrimestre, de janeiro a abril, as vendas em valores nominais apresentam uma queda de 4,09%, com uma arrecadação de R$ 3.990,7 bi, menor que os R$ 4.160,8 bi de 2015.

Apesar do fraco volume de vendas, três segmentos foram positivos: vestuário/calçados, eletroeletrônicos e materiais de construção. O segmento de bebidas/ alimentação, foi negativo.

Outro destaque foi à queda de 16,15% nas vendas a prazo, e uma expansão de 10,25% nas vendas a vista, o que indica que o consumidor campineiro está adquirindo estritamente o necessário, em consonância com o seu fluxo de caixa, fugindo das aquisições mais supérfluas.

A inadimplência, em função da Lei da AR, foi estimada com um pequeno crescimento de 0,74% frente a março de 2016, e 7,51% frente a abril de 2015. No acumulado do ano, a inadimplência evoluiu em 6,85%, com 66.150 boletos/ carnês vencidos e não pagos a mais de 30 dias, representando cerca de R$ 47,6 milhões no endividamento dos consumidores, no comércio varejista.

Na RMC, os números projetados demonstram também, uma redução de 4,35% nos volumes do quadrimestre, e apresentando em volumes nominais uma arrecadação de R$ 9.588,2 bi, cerca de 3,23% abaixo do quadrimestre de 2015.

A inadimplência também apresentou, no quadrimestre, uma elevação de 6,85%, com 159.398 boletos/carnês vencidos e não pagos a mais de 30 dias, representando um montante de R$ 114,8 milhões no endividamento dos consumidores da RMC, no comércio varejista.

A expectativa para o comércio varejista frente à crise política e econômica (porque passa o governo central), é de uma forte recessão nas atividades da economia, com queda acentuada na produção industrial e com reflexos negativos, tanto no comércio, como nos serviços.

E o mais preocupante, que se junta a esses fatores recessivos, é o alto volume do desemprego, que já atinge a taxa dos dois dígitos.


Laerte Martins| Economia, Larte-Martins, Abril, Campinas, ACIC

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