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Eduardo Vilas Bôas
Eduardo Vilas Bôas
Professor, consultor, blogger e editor do MMdaMODA

Sua vitrine tem as 7 estruturas básicas necessárias?

Todo varejista sabe do potencial comercial de uma boa vitrine, mas, pela minha experiência em atendimentos, noto também que poucos sabem que estão subutilizando essa ferramenta tão poderosa para o branding e para as vendas. 

O desenho abaixo ilustra um modelo genérico de vitrine quanto a sua estrutura. Podemos decompô-lo em pelo menos 7 itens fundamentais. Vamos compreendê-los?

1. Piso: o chão de uma vitrine raramente vai receber produtos, já que é um campo que foge do campo de visão do cliente e pode diminuir a percepção do produto e do projeto. O chão de vitrine deve, sim, somar na compreensão do todo, para isso, não precisa ser neutro. O piso deve ser elevado do nível da rua em torno de 15-20 cm e contar com pontos de energia e spots de iluminação discretos.

2. Laterais: devemos priorizar laterais fechadas e raramente apresentamos produtos ali. Assim, funcionam mais como limitadoras visuais entre o espaço de vitrine e da loja, além de servirem como elementos de segurança, dificultando furtos ou alterações indesejadas na vitrine (que podem implicar em multa em alguns shoppings, por exemplo).

3. Fundo: lojas pequenas e ações populares podem privilegiar vitrines sem fundo, lojas maiores e ações mais elaboradas, como lançamentos, demandam vitrines fechadas. Alguns tipos de produtos, como joias e artigos sexuais, exigem menor contato visual da rua com o cliente no interior da loja. Já alguns públicos necessitam ver e serem vistos no ato de consumo, como os jovens. O fundo de uma vitrine ajuda também na composição dos cenários, sendo, muitas vezes, o único elemento mais elaborado nas vitrines comerciais. 

4. Teto: nessa área não fixamos produtos propriamente dito, apenas estruturas que suportarão os produtos ou objetos de cena mais abaixo na vitrine. Para isso recomendo a instalação de uma grelha. Além disso, o teto deve suportar o sistema de iluminação, tanto geral quanto de destaque. 

5. Grelha: é um nome genérico para estruturas que servem para fixação de produtos, materiais de comunicação e objetos de cena. Pode ser feita em metal ou madeira, sendo mais versátil para o vitrinista do que os ganchos, já permite amarrações diversas. Vale destacar que não são encontradas para compra à pronta entrega, mas sim desenvolvidas sob medida por serralheiros ou marceneiros. 

6. Vidro: por conceito a vitrine precisa de uma vidraça! E o vidro não serve apenas para proteger os produtos da sujeira ou dos furtos, mas também permite que a luz natural entre na loja, que o shopper observe o espaço antes mesmo de entrar (caso seja uma vitrine sem fundo) e, sobretudo, aumente a percepção de valor e desejo do consumidor, já que há uma ideia implícita de que os bens ali expostos (blindados) são intocáveis, preciosos e para poucos. Além da limpeza constante, vale destacar que a angulação correta ajuda a diminuir os reflexos, vidros de vitrine precisam ser temperados e atender a norma ABNT NBR 7199/1989. Dica: há opções de vidro antirreflexo no mercado, já que as películas antirreflexo não funciona muito bem.

7. Iluminação: talvez a iluminação seja alma de um bom projeto de vitrine. Realça produtos ao dar brilho e criar contrastes entre claro e escuro, cria pontos de interesse e até uma atmosfera de sensações.  Basicamente a vitrine precisa de 3 pontos de iluminação focal (conforme ilustra o desenho acima): spots do piso para cima, spots das laterais para o centro e do teto para baixo. Sempre direcionados para dentro da vitrine e nunca para o vidro, ofuscando o shopper. 


Eduardo Vilas Bôas| Vitrine, Visual-Merchandising, Vitrinismo, Eduardo-Vilas-Boas, Branding, ACIC, ACICampinas, Campinas, Iluminação

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